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Boletim Técnico nº 12 - Fevereiro de 2007 |
Alternativas
de reposição de fêmeas e machos de plantel |
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Eng.
Agrônomo Renato Irgang |
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Universidade
Federal de Santa Catarina |
Produtores de
leitões e de suínos para o abate precisam, todos os
anos, substituir parte das porcas e cachaços do plantel por leitoas e machos de
reposição. As causas da substituição incluem problemas sanitários, de aprumos
ou de aparelho mamário, lesões, má condição corporal e baixa produção de
leitões ou de leite que podem ocorrer com o avanço da idade dos animais. Nesses
casos as taxas de reposição anual podem variar de
Sempre que se
substituem reprodutores suínos, que se renova ou que se forma um novo plantel,
deve-se aproveitar a oportunidade para usufruir dos ganhos obtidos pelo
melhoramento genético, evitando-se riscos sanitários. Para isso os animais de
reposição ou que irão formar o novo plantel
devem ser oriundos de granjas com Certificação Sanitária, que têm variabilidade
genética e programas de seleção e de produção de híbridos bem orientados, e
capacidade para fornecer os reprodutores que melhor irão atender as
necessidades de mercado de seus clientes, os suinocultores.
Os animais de reposição ou para formação de
plantel
Machos e fêmeas de reposição ou para formação de plantel devem ser híbridos de raças e linhas genéticas selecionadas para características de grande valor econômico. Esses animais apresentam heterose ou vigor híbrido e capacidade combinatória que resulta em excelente habilidade reprodutiva, leiteira e materna das porcas e em alta eficiência reprodutiva dos machos. Quando usados em cruzamentos bem orientados produzem grande número de leitões por leitegada, leitões pesados ao nascer e ao desmame, e suínos precoces, com ótima conversão alimentar e alto rendimento de carne ao abate.
A reposição
ou formação de plantel com animais híbridos pode ser feita de duas formas:
1.
Adquirindo-se leitoas F-1 e machos híbridos de granjas de melhoramento genético.
Para cada 100 matrizes de plantel em monta natural são necessários
2. Adquirindo-se
fêmeas e machos avôs, para produção própria de fêmeas
F-1, e machos híbridos de granjas de melhoramento genético. Para cada 100
matrizes F-1 de plantel será necessário adquirir
O primeiro sistema tem como vantagens a rápida substituição dos reprodutores descartados e obtenção de renda com os animais adquiridos, e, como um possível contraponto, o curto período de tempo para adaptação dos animais às novas condições de criação.
As vantagens do segundo sistema são a aquisição de menor número de animais de reposição e o menor investimento em reprodutores, a adaptação das fêmeas F-1 às condições de manejo e sanidade em que irão produzir, pois serão criadas na própria granja, e a escolha das fêmeas F-1 de reposição, que será feita de acordo com os critérios de seleção do suinocultor. Os contrapontos desse sistema são o maior custo por fêmea e macho da geração de avós, o custo de produção das fêmeas F-1 até os 5 meses de idade, e o maior tempo necessário até que os primeiros produtos das matrizes F-1 alcancem o mercado, nesse caso de mais um ano.
As vantagens e os contrapontos de cada sistema devem ser considerados pelo suinocultor para tomar a decisão que lhe seja mais conveniente. Independente, porém, do sistema adotado para reposição ou para formação de um novo plantel, é importante seguir os procedimentos de manejo recomendados pelo fornecedor para os animais recém adquiridos, alojá-los em baias isoladas, distantes o mais próximo possível da criação e de outros criatórios, e utilizar práticas de manejo sanitário recomendadas por Médico Veterinário para assegurar a boa adaptação dos animais.