S.O.S. Suínos
SUINOCULTURA
Informativo Técnico 209
PROGRAMA DE DESINFECÇÃO E BIOSSEGURANÇA
A
maior ameaça à existência de qualquer criatura vem de outras criaturas da
mesma espécie. Quanto mais aglomerados vivem os indivíduos ,
maior é o risco de doenças. Doenças que podem ser transmitidas diretamente de ser humano
para ser humano, de animal para animal, de planta para planta, ou através de
vetores carregadores indiretos tais como superfícies contaminadas, alimentos,
água, pragas, insetos ou outras criaturas.
Biossegurança é em outras palavras a utilização das técnicas de produção mais modernas para a eliminação dos agentes de doença do ambiente como forma mais efetiva de proteção dos indivíduos em geral. Qualquer agente infeccioso como vírus, bactérias, coccídia ou fungos pode passar diretamente de animal para animal ou através de seus próprios tratadores, da comida ou da água, das instalações e equipamentos, e até mesmo pelo ar. Além disso, há vírus como os da Anemia Infecciosa ou da Doença de Aujeszky, que além de extremamente persistente no ambiente, são imunossupressores aumentando a susceptibilidade ao ataque de outros agentes. Modernas técnicas de biossegurança são elemento chave para o controle de doenças, na medida que proporcionam um ambiente mais saudável para sua criação.
Aplicação
do APPCC (Análise do Perigo e Pontos
Críticos de Controle)
em Biossegurança
Programa
de Biossegurança com destaque para a desinfecção têm sido desenvolvidos ao
longo de muitos anos de pesquisa por cientistas em colaboração com
as companhias de produção. Produtos
têm sido projetados para funcionar sob condições práticas e assim controlar
as doenças e as perdas de produtividade e de lucratividade delas decorrentes.
Os procedimentos têm sido desenvolvidos de modo a estarem em conformidade com
princípios do APPCC.
Estratégias
de APPCC identificam as áreas onde patógenos podem penetrar o sistema, os
meios para elimina-los e os métodos para demonstrar que a cadeia de produção
está sendo continuamente e consistentemente auditada. Isto é alcançado por
dissecar todo procedimento na cadeia de produção.
Princípios
do APPCC (HACCP)
Princípio
1 - Análise do Perigo
Identifica-los,
sejam eles microbiológicos ou físicos, em cada passo do processo, desde o
recebimento do animal até sua entrega. Por Exemplo Salmonella, Campylobacter ,
Micoplasma ou Gumboro.
Princípio
2 - Pontos Críticos de Controle (PCC)
Ações
podem ser tomadas para reduzir ou eliminar o perigo. Dentro das granjas
existem pontos de controle, dentre os quais a redução de microrganismos
que faz parte do programa de biossegurança:
1.
Portaria |
Sanitização
de veículos, rodolúvios e pedilúvios |
2.
Higiene Pessoal |
Roupas
limpas e desinfetadas, higiene da mão e banho na entrada e saída |
3.
Sistema de Água |
Sanitizar
a água bebida |
4.
Ar |
Nebulização
das instalações ara controlar a transmissão aérea de microrganismos |
5.
Cama |
Pode
ser desinfetada para reduzir contaminação |
6.
Controle de roedores |
Programa
Integrado de Manejo de Pragas |
7.
Instalações e equipamentos |
Programa
de Desinfecção Terminal |
Os
pontos de 1 a 6 fazem parte do programa contínuo e a desinfecção terminal no
final de cada ciclo.
Atenção
especial deve ser dada para a higiene de pessoal, com o uso de roupas e equipamentos de proteção, banhos e
higiene das mãos, pedilúvios e banhos na entrada e na saída sempre que possível.
Princípio
3 - Limites Críticos
Limites
devem ser reduzidos para os riscos. Limpeza e desinfecção de acordo com um bom
programa de biossegurança assegurará que aqueles microrganismos perigosos
encontrem-se dentro dos limites estabelecidos . Abaixo encontra –se a tabela
sugerindo limites críticos para microrganismos de doença após a desinfecção.
Contagem Total de Viáveis reflete o número total de microrganismos
cultivados e especificamente a presença de Salmonella
|
Satisfatório |
|
Duvidoso |
|
Insatisfatório |
CTV Áreas
Primárias |
0-100 |
100-500 |
500-1000 |
1000-2500 |
+
2500 |
CTV Áreas
Secundárias |
0-10 |
10-50 |
50-100 |
100-300 |
300+ |
Presença
de Salmonella |
Negativa |
Positivo |
Positivo |
Positivo |
Positivo |
TVC
=
Contagem Total de Viáveis
/ cm2
Áreas
Primárias são aquelas onde há maior desafio orgânico, tais como pisos
e passagens.
Áreas
Secundárias são aquelas onde há menor desafio orgânico, tais como paredes,
postes, comedouros e bebedouros.
Princípio
4 - Monitoração
Observação
e mensuração da limpeza e desinfecção asseguram que os limites críticos
obedecidos a cada a passo. Quatro áreas chaves de controle de contaminação são
identificadas:
1.
Superfícies
rígidas – pisos de concreto e paredes
2.
Superfícies porosas –
piso de terra ou madeira
3.
Equipamentos – Comedouros
e bebedouros
4.
Equipamento removível e
pessoal.
Princípio
5 - Ajuste e Correção
São
as ações que devem ser tomadas caso os limites críticos não sejam obedecidos
em cada passo.
Princípio
6 - Registros de Dados
Devem
ser mantidos para garantir que o programa de biossegurança esteja implementado
corretamente e continuamente. Registros devem indicar os produtos utilizados, os
limites críticos, programa de limpeza e qualquer ação corretiva. Um completo
jogo de informações é importante para possíveis ações legais e pode ser
parte do Sistema de Qualidade.
Princípio
7 - Controle
Testes
e procedimentos asseguram que o sistema HACCP está funcionando adequadamente.
Freqüentemente conduzidos por pessoa(s) ou organização(ões) independente(s),
por exemplo testes bacteriológicos
terceirizados, verificação das calibragens e testes de dosificação.
Um
Programa de Biossegurança consistente com o sistema do HACCP, proporciona uma
redução estratégica da contaminação microbiológica num dado ambiente. Cada
um dos produtos incluídos no programa deve ter sido submetido a uma rigorosa
avaliação independente, que prove sua eficácia em condições práticas e sua
segurança ao usuário e ambiente. Aqueles produtos que sejam expostos ao
contato com os animais, mesmo que repetidamente e prolongadamente, não devem
ter nenhum efeito adverso sobre os mesmos.
PROGRAMA
DE DESINFECÇÃO FINAL
PARA AMBIENTES DE GRANJAS
Os
seguintes procedimentos deveriam ser seguidos para cada ambiente a ser
desinfetado após sua depopulação,
no sentido de se prevenir uma carga contaminante de risco.
ESTÁGIO
I: REMOÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E LAVAGEM A SÊCO
A
remoção de todo material orgânico grosseiro é essencial porque contem altos
níveis de contaminação e são portanto uma grande fonte de infecção. Altos
níveis de material orgânico também irão reduzir a eficiência dos processos
de limpeza e desinfecção.
1.
Remova qualquer resíduo de ração do sistema de alimentação e
armazenagem.
2.
Remova o(s) equipamento(s).
3.
Remova toda a poeira do teto, canos de água, ventiladores e janelas.
4.
Remova toda cama do galpão e aspire /escove os resíduos aderidos ao
piso e teto
5.
Carregue toda cama para
fora, assegurando de que todas áreas de exterior tais como soleiras/calçadas
de concretos estejam livres de cama velha, poeira
etc. Cubra
a carga (cama) antes transporta-la. Se
possível leve-a para pelo menos 1.5 Km longe da origem ou de qualquer outro
local de criação.
6.
Aspire ou lave se possível o depósito de ração e desinfete
ESTÁGIO
II - SISTEMA DE ÁGUA
Todos
sistemas de água contem alguma contaminação bacteriana, especialmente os
reservatórios principais, onde resíduos podem se acumular ao longo do tempo.
Essa pode ser a fonte de contaminação de lote para lote .
Sanitização
irá limpar o sistema e eliminar o crescimento de fungos e bactérias indesejáveis
Sistemas
Drenáveis
AMONIA
QUATERNÁRIA 20%
( LAVI-FEN
)
- Diluição: 1Litro do produto em 1000 litros
de água
1.
Esvaziar a(s) caixa(s) de água e checar presença de resíduos. Limpar
como requerido.
2.
Encher caixas com volume de água suficiente para preencher todo o
sistema e adicionar o desinfetante na diluição indicada.
3.
Permitir que solução de desinfetante atinja o sistema de bebedouro.
Deixe agir por 1 hora
4.
Drenar o sistema e enche com água fresca.
ESTÁGIO
III - LIMPEZA E DESINFECÇÃO DAS INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS
A
lavagem vigorosa e completa de
todas as superfícies é essencial para alcançar os melhores resultados de uma
subseqüente desinfecção.
Para
Limpeza de Rotina e Pesada
Utilizar
um detergente , preferivelmente não iônico e biodegradável.
Lavar
todas superfícies com uma lavadora de pressão com a solução detergente
aplicada em 500 mL / m 2 de
área de superfície. Garantir que entradas de ar, divisórias, comedouros e
bebedouros e todo outro
equipamento, incluindo aqueles removíveis estejam visivelmente limpos. Use um
tanque de enxágüe se disponível para os equipamentos removíveis. Inclua todo
e qualquer ambiente de serviço neste procedimento.
Alternativamente
pode-se aplicar por toda a superfície a solução de detergente com um
pulverizador de baixa pressão baixa. Deixar de molho de 20 a 30
minutos e então lavar com água em alta pressão.
1.
Externamente, borrifar entradas e saídas de ar , cortinas , área de
carga e descarga. Também assegurar que todas as áreas sujas tais corredores,
calçadas, depósitos e estrados sejam lavados.
A
tabela abaixo fornece uma referência da quantidade de solução detergente
necessária de acordo com o tamanho do galpão / barracão . Como um guia,
sugerimos calcular a área total, incluindo
paredes/cortinas, piso e teto como sendo 2,5 vezes a área de piso.
PISO |
Área
Total a ser limpa |
Volume
de solução detergente (500ml/m2) |
Volume
de detergente |
500
m2 |
1250
m2 |
625
L |
Depende
da indicação do fabricante |
1000
m2 |
2500
m2 |
1250
L |
|
1500
m2 |
3750
m2 |
1875
L |
ESTÁGIO
IV – DESINFECÇÃO
Apesar
dos procedimentos de limpeza, quando bem conduzidos , serem capazes de remover
até 95% dos microrganismos, o nível de contaminação remanescente ainda é
alto o bastante para oferecer sério risco de doenças para os novos lotes
alojados. Usar desinfetantes provados contra os vírus, bactérias e fungos é
essencial para o sucesso do programa de biossegurança.
PROGRAMA DE DESINFECÇÃO TERMINAL
Glutaraldeido
40 a 45 %
- Diluição 1:1000 A 1: 2000
Amônia
Quaternária 20%
(
LAVI-FEN
)- Diluição
1:500 A 1: 1000
Misturas
deFenol
/ Cresol(
MADECREO)
-
Diluição 1:200
1.
Usar
um pulverizador costal, aplique a baixa pressão (300 psi) com jato em leque.
2.
Desinfetar
todo equipamento removível a uma taxa de 300 ml/m2 , re-instale-os
no ambiente de origem já limpo e então desinfete tudo.
3.
Aplicar
a solução por toda a superfície lavada à taxa de 300 mL / m2 para
que molhe bem
4.
Dar especial ênfase para os cantos, rachaduras , emendas e superfícies
porosas.
5.
Pulverizar do ponto mais alto do teto em direção ao piso. Finalizando a
desinfecção , fechar as portas e janelas e colocar um pedilúvio nas entradas.
Na
tabela abaixo se apresenta a quantidade de produto necessária para desinfetar o
ambiente de criação de acordo com o tamanho do galpão / barracão . Como um
guia, sugerimos calcular a área total, incluindo
paredes/cortinas, piso e teto como sendo 2,5
vezes a área de piso.
PISO |
Área
Total a ser desinfetada |
Volume
de diluído produto em 300ml/m2 |
Volume
de Glutaraldeido
a
1:1000 |
Volume
de Amonia
Quat. 20 % |
Volume
de Fenol/Cresol
|
500
m2 |
1250
m2 |
375
L |
375
mL |
187,5
mL |
1,875
L |
1000
m2 |
2500
m2 |
750
L |
7.5
L |
375
mL |
3,75
L |
1500
m2 |
3750
m2 |
1125
L |
1,125
L |
562,5
mL |
5,625
L |
ESTÁGIO
V – NEBULIZAÇÃO
Nebulização
é o procedimento mais indicado para controlar a re-introdução de
microrganismos no ambiente durante a preparação para novo lote de animais, bem
como para desinfetar áreas inacessíveis do ambiente em questão.
Usar
Glutaraldeido 40 a 45% diluído a
1:1000 em nebulizador ou pulverizador de bico fino (nevoa) , aplicado na razão
de 50 mL / m3 de área .
Controle
de Vermes e Coccidias
Infestações
de vermes e eimérias podem ocorrer devido ao crescimento da contaminação
ambiental, apesar das práticas rotineiras de medicação e desinfecção.
Oocistos e ovos de vermes podem sobreviver por períodos longos,
protegidos dos desinfetantes por uma parede de celular resistente.
Procedimentos
de limpeza e desinfecção envolvendo meios físicos, como o uso da vassoura de
fogo, são de extrema ajuda no controle destes contaminantes.
Também
se pode lançar mão de substancias químicas causticas que também exercem boa
ação sobre os mesmos , tal como preparação de soda caustica
PROGRAMAS
CONTÍNUOS DE BIOSSEGURANÇA
Entre
as aplicações do Programa Final de Desinfecção há muitas possibilidades
para prevenir a introdução de
novas infecções no plantel. A
rotina das medidas contínuas de biossegurança leva em conta os diferentes
desafios de doenças que ocorrem em diferentes estágios de produção. As
medidas a seguir irão ajudar a prevenir a introdução, incidência e disseminação
das doenças.
SEGURANÇA
DO LOCAL
Para
evitar a introdução da infecção em uma granja ou a disseminação entre galpões
as seguintes precauções devem ser observadas:
1.
PEDILUVIOS:
Todo pessoal deve passar por eles ao entrar no ambiente . Usar formulações a
base de fenois e cresois (MADECREO)
em diluição 1:200. Recarregar pelo menos uma vez por semana .
2.
RODOLÚVIOS
/ ARCO PULVERIZAÇÃO / EQUIPAMENTO MÓVEL DE PULVERIZAÇÃO Qualquer veículo
que entre na granja deve ser desinfetado. Complete regularmente o rodolúvio
para evitar diluição ou contaminação.
Usar
mistura
de Fenol / Cresol (
MADECREO)
a 1:100 em rodolúvios ou Amônia Quaternária a 80% 1: 2000 na
pulverização de veículos.
Lavar
e desinfetar todo equipamento transportado de outras unidades para dentro do
ambiente trouxe sobre o site de outras unidades.
3.
HIGIENIZAÇÀO
DE MÃOS –
mãos sujas transmitem infecção. Todos visitantes antes de entrar no local
deveria lavar as mãos usando produtos de limpeza e assepsia . Todo o
“staff” operacional deve lavar as mãos antes de iniciar a jornada de
trabalho, depois dos intervalos e sempre que mudar de tarefa.
4. VISITAS – Restringir a entrada de pessoal não-essencial nos locais de criação. Visitantes essenciais devem vestir roupas protetoras. Especial atenção deve ser dada transportadores de animais, pessoal de limpeza , construtores/engenheiros, pois freqüentemente são causa de disseminação de infecção.
SANITIZANDO
ÁGUA
1.
Água Contaminada
A
água de bebida pode ser uma potente fonte de infecção. Caixas e sistema de tubulação precisam ser limpos e
desinfetados.
Usar
hipoclorito de sódio ou amônia
quaternária nas
diluiçôes recomendadas , continuamente quando é necessário utilizar água de
pior qualidade ou contaminada.
2.
INFECÇÃO
HORIZONTAL
Animais infetados podem contaminar a água de bebida pelo
contato com os bebedouros e consequentente os demais animais que dividem o mesmo
sistema de fornecimento de água
Adicionar
na água de bebida continuamente Iodoforos ( 2,5 a 3 % iodo ativo ) na diluição
de 1:3000, durante o período de risco para minimizar o risco de infecção.
DESINFECÇÃO
DO AR
Pulverizar
uma fina névoa de desinfetante sobre os animais pode ajudar a reduzir a
contaminação cruzada e as infecções
secundárias durante os surtos, especialmente de doenças respiratórias.
1.
Usando
sistema de tubulação ou pulverizador costal , produzir uma fina nevoa que
atinja todo o ambiente, usando aproximadamente 1 litro de uma solução de Glutaraldeído
40 a 45 % a
1:1000 para cada 50 m3.
2.
Aplique sobre os animais de 2 a 4 vezes por dia durante período de
risco.
TRATAMENTO
DA CAMA
Problemas de Aspergilose e outras contaminações de cama
podem desenvolver-se rapidamente dependendo
de alterações das condições climáticas. Desinfecção úmida da cama através
da pulverização de 1 litro de solução para cada 10 m2
tem sido benéfica na redução da incidência e severidade dos problemas
infecciosos.
CONTROLE
DE ROEDORES
Ratos
e camundongos podem ser responsáveis pela disseminação de um número
importante de doenças sérias, incluindo a Samonelose em granjas de
reprodutoras.
Garanta
que restos de alimentos sejam removidos rapidamente e que os ambientes estejam
protegidos das pragas. Use programa de controle com iscas eficazes
consultando especialistas e fabricantes destes produtos.
PROGRAMAS
ESPECIFICOS DE BIOSSEGURANÇA
PROGRAMAS
PARA VÍRUS VIRULENTOS E PERSISTENTES
Surtos
causados por vírus freqüentemente desafiam a indústria da produção animal
por todo o mundo. De modo geral todos os vírus podem interferir com o eficiência
da resposta imune, mas os vírus imunossupressores tem um ação mais específica
no sistema imune. Todos vírus podem causar danos por sua própria ação
direita, entretanto seu maior impacto tem sido a capacidade de permitir que
outros patogenos (principalmente bactérias) invadam o animal e causem novos
problemas ou simplesmente agravem os problemas primários.
Um
dos casos mais notáveis nos últimos tempos têm sido Doença de Gumnboro
Hipervirulenta , causando perdas significativas. Muitos outros vírus incluindo
os da Doença de Marek, Leucose
(tipo ALV J), Anemia das Galinhas são
também ameaças freqüentes e importantes. Ainda que a vacinação tenha um
papel preponderante no controle de algumas destas doenças , freqüentemente
elas ainda ocorrem. A resposta à vacina será melhorada em situações de baixo
desafio de campo.
1.
Remoção a seco dos resíduos e
dos equipamentos. Evitar a suspensão
de poeira. (ver Estágio I do Programa de Desinfecção
Final).
2.
Limpe e desinfete o sistema de água. Usar Amônia
Quaternária a 20% (LAVI-FEN) a
1:2000 (ver Estágio II do Programa
de Desinfecção Final).
3.
“Molho Viricida” – preparar uma solução a 1:1000 de Glutaraldeído
40 a 45% ou
1:500 de Amônia
Quaternária a 20% (LAVI-FEN), suficiente
para aplicar 500 ml / m2 de área de superfície. Usando pulverizador
de baixa pressão e bico em leque , aplicar solução por toda superfície e
deixar agindo por 30 minutos (ver
Estágio III do Programa de Desinfecção
Final).
4.
Lavar com água em alta pressão.
5.
Desinfetar usando Glutaraldeído
40 a 45% diluído a 1:500 (ver Estágio IV do Programa de
Desinfecção Final ).
6.
Nebulizar
o ambiente (Ver Estágio V do
Programa de Desinfecção Final ).
Na
tabela abaixo se apresenta a quantidade de produto necessária para desinfetar o
ambiente de criação de acordo com o tamanho do ambiente . Como um guia,
sugerimos calcular a área total, incluindo
paredes/cortinas, piso e teto como sendo 2,5
vezes a área de piso.
Pavimente
Área |
Área
Total a ser tratada |
Volume
de solução desinfetante 500ml/m2 |
Volume
de Glutaraldeído
40 a 45% a
1: 1000 |
Volume
de Glutaraldeído
40 a 45% a
1:500 |
500
m2 |
1250
m2 |
625
L |
625
mL |
1,25
L |
1000
m2 |
2500
m2 |
1250
L |
1,25
L |
2,50
L |
1500
m2 |
3750
m2 |
1875
L |
1,875
L |
3,75
L |
nota:
mantenha sob estrita vigilância as precauções de biossegurança e siga instruções
de segurança da unidade.
PROGRAMA
PARA SALMONELLA E CAMPYLOBACTER
Infecções
por Salmonella e Campylobacter permanecem
sendo sérios problemas para a
agroindústria. Isolamento da
Salmonella enteritidis tem aumentado significativamente nos últimos anos e
representa uma grande ameaça à segurança alimentar. Outras espécies, como
por ex. a a Salmonella typhimurium
DT104 podem também ser resistentes aos antibióticos. Disenfecção é uma
ferramenta vital na luta contra esses organismos resistentes que podem persistir
no ambiente para muitos meses.
Para
controlar esse problema , selecionar um desinfetante com atividade comprovada
contra as Salmonellas. que poderia ser: Glutaraldeído
, Amônias quaternárias, Iodoforos e os agentes anfóteros,
comprovafdamente eficazes contra a Salmonella.
Assegurar
que diluições corretas sejam utilizadas em todos procedimentos de desinfecção.
Particular atenção deve ser dada a um certo número Pontos Críticos de Controle (PCC) para garantir a remoção destes microrganismos de locais infetados.
1.
Desinfecção
Final
– Seguir o programa detalhado nas páginas anteriores deste documento.
Assegurar que a lavagem e desinfecção dos PCC dos estágios 3 & 4 do
programas sejam totalmente seguidos, como por exemplo as entradas, saídas e
tubulações de ar.
2. Controle de Pragas e Insetos – Assegurar rígido e eficiente controle das pragas, moscas e outros insetos.
3. Segurança do Sitio – Prestar atenção para todos aspectos de segurança da unidade, com atenção particular aos PCCs : Rodolúvios , Pedilúvios e Limpeza das mãos.
4.
Transporte
– Assegurar todo veículo e material utilizado no transporte dos animais e da
ração seja desinfetado com um produto efetivo contra a Salmonella.