P.Gostaria de saber qual a técnica utilizada para o aproveitamento de dejetos de suinos na alimentação de bovinos.
Aproveitamento de Dejetos (chorume)
Como já vimos anteriormente uma suinocultura produz em
média entre
Trabalhamos já a alguns anos aproveitando os dejetos de alguma forma:
A: Os dejetos são canalizados dos barracões para caixas de decantação, onde tiramos por decantação e através de comportas de madeira, a maior parte do líquido. A parte pastosa, (com menor umidade), e coletada periodicamente, e utilizada para engorda de frangos de corte e ou gado confinado. A parte líquida é canalizada para lagoas de contenção, e este material é utilizado para adubação de milho, milheto, sorgo ou ainda pastagens e ou capineiras. E evidente que este processo demanda de um pouco mais de mão de obra.
B: Os dejetos são canalizados diretamente dos
barracões, para os cochos de
confinamento (cocho instalado exatamente em nível), com os
dejetos entrando de
um lado do cocho, percorrendo todo o comprimento do cocho, e saindo a
parte
mais líquida no final do cocho, temos conseguido um consumo de
20/30 litros dia
por boi divididos em três tratos,
(após a adaptação)
juntamente com um volumoso (formula anexa). No
período de
adaptação nos primeiros
C: Poderemos utilizar ainda os dejetos de suínos para
(fertilização
orgânica) adubação de tanques para peixes, para uma
maior formação de plâncton,
por volta de
Devemos nos lembrar que tanques de criação de peixes, não são tanques de contenção de dejetos, e se começarmos a jogar dejetos em excesso a nossa piscicultura, em pouco tempo, se transformará em um tanque de bosta.
Uma granja de 40 matrizes produz em média
D: Podemos ainda usar os dejetos somente para adubação de milho, ou ainda pastagens, capineiras, pastos rotacionados ou ainda projetos Voisin, veja material sobre uso de dejetos em milho, que é uma gramínea com as mesmas necessidades nutricionais de qualquer pastagem, e ou capineiras.
Devemos estarmos atentos pois apesar do esterco do suínos, poder ser largamente utilizado é um produto altamente poluente, quando jogado em córregos ou riachos. E nos concientizar que para darmos um destino aos dejetos custa em média 200 vezes mais do que gastamos para bombear água para a granja.
Portanto desperdícios de água em uma suinocultura custa caro.
Uso de dejetos de suínos em milho/pastagens degradadas.
Tradicional fonte de nutrientes, o dejeto líquido de suínos, não é adequadamente utilizado pelos produtores rurais; podendo ser usado ainda para o confinamento de bovinos.
O esterco de suíno é realmente uma tradicional fonte de nutrientes: Barato e seguro cujo emprego reduz substancialmente os custos de produção de milho e sorgo, ou nas reformas de pastos e capineiras, como também reduz em mais de 50% o custo de confinamento de bovinos. Para o criador de suínos o esterco líquido de seus animais, que habitualmente não é utilizado, e ainda é uma fonte de poluição na propriedade, pode ser aproveitado com excelentes resultados.
Portanto o suinocultor deve explorar a grande disponibilidade de
esterco de
seus animais, e o efeito residual da aplicação do mesmo.
Uma granja de ciclo
completo, estabilizada eqüivale a
produção de
A utilização dos dejetos em melhoramento do solo, está provado em trabalhos elaborados pela EMBRAPA já à mais de 10 anos, e ficou definido que houve uma melhora da estrutura física, e composição química e da vida biológica do solo, bem como reduziu o efeito do veranico; um aumento da disponibilidade de nutrientes, principalmente o nitrogênio, maior retenção de umidade, e facilitou a liberação do fósforo retido no solo.
Temos recomendado a utilização do esterco
líquido de suínos, bombeados
diretamente dos tanques de dejetos e aplicado por aspersão nas
áreas que serão
adubadas, a utilização deste processo é mais
viável quando as áreas de
lavoura/pastagens e ou capineiras
encontram-se
próximas da granja e dos tanques de dejetos. Ou ainda a
aplicação através de
tanques rebocados por tratores ou caminhões tanque. O ideal
é fazer pelo menos
A dosagem depende da área à
ser adubada e do volume
de dejetos disponíveis, o recomendado varia entre
Composição química das amostras |
|||
Características |
Kg
de nutrientes/ |
Kg/nutriente/ |
|
PH |
|
7,7 |
|
N total |
(Kg/m3) |
4,8 |
216 |
Fósforo |
(Kg/m3) |
2,6 |
117 |
Potássio |
(Kg/m3) |
1,3 |
58,5 |
Cálcio |
(Kg/m3) |
4,2 |
189 |
Magnésio |
(Kg/m3) |
1,7 |
76 |
Enxofre |
(Kg/m3) |
0,6 |
27 |
Ferro |
(g/m3) |
234 |
10,5 |
Cobre |
(g/m3) |
79 |
3,5 |
Manganês |
(g/m3) |
31 |
1,4 |
Zinco |
(g/m3) |
109 |
4,9 |
Sódio |
(g/m3) |
332 |
14,9 |
Matéria Seca |
(%) |
6,5 |
(2925) |
Quadro
3 |
||||
Tratamento |
Experimento 1 |
Experimento 2 |
||
Kg/há |
% |
Kg/há |
% |
|
1-Testemunha |
1458 |
46 |
4505 |
83 |
2-200 Kg 4-30-16 + Zn/há |
3116 |
100 |
5426 |
100 |
3-45 m3 esterco/há |
4125 |
132 |
7168 |
131 |
4-90 m3 esterco/há |
5770 |
185 |
7493 |
138 |
5-135 m3 esterco/há |
5788 |
185 |
8243 |
151 |
6-180 m3 esterco/há |
6140 |
195 |
8055 |
148 |
7-90 m3 esterco/ha + trat.2 |
5696 |
182 |
6935 |
127 |
8-90 m3 esterco + 1000 Kg de SS |
6000 |
192 |
7461 |
137 |
9-90 m3 esterco/ha sem incorporar |
4680 |
150 |
6223 |
114 |
Rações Confinamento/MAXI |
|
Ingredientes |
Ração Confinamento |
Milho Moído |
145 |
Farelo Soja |
5 |
Farelo Trigo |
130 |
|
|
MB.N.Confinamento |
20 |
-- |
|
Total |
300 |
|
Administrar para cada Boi/dia (Dieta Alimentar) |
|
|
2 Kg |
Ração Acima |
|
20/30 (litros) |
Fezes Suínos (Após Adaptação) |
|
20/25 Kg |
Cana ou Capim Picado |
A dieta alimentar, acima; ou consumo diário por boi confinado, deverá iniciar com uma oferta de 1 a 2 litros de dejetos líquido por dia, misturado à ração, e a cana e ou capim picado, e ir aumentando gradativamente a oferta de dejetos, podendo chegar ao consumo acima diário.
Obs:
Núcleo
Confinamento MAXI custa R$ Sob.Consulta (Saco
Esperamos um ganho peso dia entre 1,1 a 1,3 Kg por Boi