Quero saber da evolução genetica da raça hampshaire no Brasil e qual cruzamento e o mais recomendado.
R.A respeito da sua consulta sobre a raça HAMPSHIRE, o que temos nos nossos arquivos segue abaixo:
Origem: | E.U.A. | |
Pelagem: | Preta com Faixas brancas nas cruzes, e membros anteriores. | |
Orelhas: | Asiáticas. | |
Perfil Cefálico: | Concavilíneo. |
Resultado de teste de Granja (TG) no estado do Paraná, no ano de 1.999, onde os animais foram testados do nascimento aos 154 dias de idade.
Machos | Fêmeas | |
Número de animais testados | 16 | 18 |
Ganho de Peso Diário (g) | 573,07 | 542,22 |
Espessura Toucinho mm (ajustada 90 Kg) | 13,73 | 14,93 |
Produtividade da Fêmea. | ||
Número de Leitegadas analisadas | 146 | |
Média de Leitões Nascidos | 9,29 | |
Média de Leitões aos 21 dias | 8,78 | |
Peso Médio Leitegada aos 21 dias (Kg) | 46,25 |
Os suínos Hampshire, foram introduzidos nos Estados Unidos por volta de 1.825 e já em 1.935 existiam grandes criações no Estado de Kentucky, de onde se espalharam para os estados de Illinois, Indiana, e Ohio, e os primeiros registros de importação por parte de produtores brasileiros foram nos anos de 1.915.
De acordo com o padrão adotado, o Hampshire americano era destinado a produção de carne, devido a sua boa qualidade de carcaça, e normalmente usado a linha macho, com predominância da utilização de reprodutores desta raça, cruzados com fêmeas Large-White ou Landrace, visando maior rusticidade, e melhorar a carcaça e qualidadede carne dos filhos, deste cruzamento.
Provavelmente a baixa utilização destes animais no Brasil, deve-se a alguns conceitos errôneos, como dificuldade de depilar, no momento do abate, principalmente, nos abates domésticos, com água quente, e ou lança-chamas, que os produtores e açougueiros utilizavam, é possível que o abate industrial, em frigoríficos, teria quebrado esta barreira inicial da introdução com maior sucesso destes animais no plantel brasileiro. E ainda o avanço das raças brancas Large-White, e Landrace (modismo), proporcionou uma menor importação destes animais nos últimos anos, e uma diminuição da continuidade dos trabalhos de melhoramento genético, da população existente.
Devemos ressaltar que nos últimos 7 anos não consta registro genealógico de animais Hampshire nas associações de criadores de suínos no Brasil.