P.Solicito informações sobre prolapso retal em suínos.
R.Existe uma boa tendência do aumento da incidência do prolapso retal em suínos nos meses de inverno, e notadamente nos animais nas fazes de crescimento e terminação, no período compreendido entre 60 e 150 dias de idade, com um peso médio entre 22 e 100 Kg respectivamente.
A ocorrência do prolapso retal é muito mais comum nos suínos, do que nos outros animais, em função da maior velocidade do ganho de peso, e menor resistência dos tecidos internos do reto.
Associamos ainda um aumento repentino das ocorrências de prolapso de reto, em função de que os animais no período mais frio, com temperaturas mais baixas, tendem a se amontoarem muito mais, no momento de dormir, para se aquecerem.
Outras condições presdisponentes são: as infecções bacterianas ou virulentas, as diarréias, uso de ração de granulometria muito fina, com pouco nível de fibra, ou ainda rações com altos níveis de proteína, fornecimento de rações fermentadas, azedas; presença de toxinas produzidas por fungos, nos ingredientes, como: milho, farelo de arroz, farelo de trigo, sorgo etc... ocorrências de verminoses, provocando irritações, inflamações, no tecido intestinal do reto. Associações antagônicas, de alguns antibióticos e ou promotores de crescimento.
Granjas onde convivemos com problemas respiratórios, como pneumonia, nos períodos de temperatura mais baixas, também observamos maior incidência de problemas, pois animais tossindo constantemente, forçam o esfincter retal, provocando o prolapso retal.
Um surto de ocorrência de prolapso retal de 0,2% ou por volta de 1 a 2 animais acometidos do problema por mês, em uma granja de 100 matrizes, já é para começarmos a nos preocupar, com o alto índice, e procurarmos em todas as causas acima e tentarmos eliminar o problema.
Os animais afetados devem ser imediatamente isolados dos demais suínos da mesma baia, para evitar que o animal seja mordido no reto exposto. E recomendamos o abate imediato de animais com o problema, e podem ser consumidos, sem nenhuma restrição do aspecto sanitário, desde que o consumo seja na granja, ou na própria fazenda, e não enviar animais com prolapso para frigoríficos.