P.Sou estudante de medicina veterinária e gostaria de receber informações sobre Rinite Atrófica.
A ocorrência de Rinite Atrófica, no Brasil vem diminuindo gradativamente, com a diminuição das criações de ( porcos ) soltos, animais caipiras e cada vez mais com cuidados sanitários nas granjas modernas com programas de segurança, e programas de vacinação, e evidentemente que os criadores cada vez mais se preocupam com o status sanitário dos animais que estão comprando.
E JAMAIS COMPRE ANIMAIS DE GRANJAS DA QUAL NÃO CONHEÇA O NÍVEL SANITÁRIO.
O agente que causa a rinite é a Bordetella Bronchiseptica, e a contaminação se dá nos primeiros dias de vida do leitão ao respirar ( aerosol ) em suspensão dentro do ambiente da maternidade, geralmente se contamina da sua mãe.
Devemos considerar que as granjas contaminadas, e com o uso de ripados nas fases de gestação, Maternidade, creche, recria e terminação, e se houver ventilação deficiente, e formação de gases no interior destas canaletas o problema se agrava. Um dos problemas do animal com rinite ( destruição dos cornetos ), existe o comprometimento de doenças oportunistas, e como os cornetos tem uma função de filtrar e aquecer o ar inspirado, com a sua ausência o animal aspira poeira para dentro dos pulmões e o ar chega frio, comprometendo a resistência deste suíno tornando-o fragilizado para doenças respiratórias secundárias oportunistas.
Recomendamos que em uma granja contaminada devemos inicialmente diminuir o plantel, Exemplo uma suinocultura que tem 200 matrizes, e por volta 9 partos por semana, devemos diminuir para 170 matrizes, e aumentar a limpeza, higiene, desinfeção e consequentemente o vazio sanitário em todas as fases da granja, ( todos dentro / todos fora ), e este vazio deverá ser feito com critério e rigor, acompanhado de monitoração do IRA ( índice de rinite atrófica ) índices de lesões e vacinação, e quando preciso o uso de antibióticos específicos ( veja que o antibiótico é a ultima recomendação )
O programa de vacinação poderá ser | |
Vacinar: | |
Leitões | na primeira e terceira semana de idade |
Marrâs | na quinta e na terceira semana antes do primeiro parto ( matrizes primíparas) |
Matrizes | na terceira semana antes de cada parto ( matrizes nulíparas ) |
Reprodutores | Uma dose a cada seis meses |
Veja a foto abaixo, um corte no focinho de um suíno, apresentando os cornetos NORMAIS, que seria grau ZERO.
Veja também as fotos abaixo onde temos na primeira seção de 4 fotos animais com cornetos normais com grau ZERO.
Na segunda seção de mais tres fotos vemos animais com Grau HUM.
Na terceira seção vemos animais com grau DOIS.
Na última seção vemos animais com atrofia grave, com destruição completa dos cornetos e seguramente com desvio do septo nasal.
Observamos nos animais acometidos, inicialmente leve espirro, seguidos de tosse, lacrimejamento, e desvio de septo nasal para os lados e as vezes para cima, e ainda encurtamento do septo.